No virar da primeira década do séc. XXI é urgente pensar uma nova forma de fazer política. Infelizmente, os partidos tradicionais ainda não perceberam esta realidade enquanto os novos partidos não só a apreenderam como a interiorizaram. Por isso, Setembro e Outubro poderão ser, mais uma vez, surpresa. Para alguns por bons motivos, para outros não.
A forma como os partidos se organizam e agem remonta ao século passado, nomeadamente aos tempos da revolução social dos anos 60 e 70. O seu modus operandi sustenta-se na militancia como meio de superar as dificuldades, no empenhamento para uma causa e no sacriticio que muitas vezes era preciso ter. Não era dificil arranjar militantes porque todos estavam de acordo e porque sonhavam mudar o mundo. Era o normal num processo revolucionário.
Hoje a sociedade já não funciona da mesma maneira. As pessoas continuam a ter sonhos, aspiram a mudar o mundo, mas há algo em quem não confiam: na engrenagem, esse sistema que se baseia nos mais elementares principios do Darwinismo e configura tudo aquilo em que não se revêem.
Este sítio é o espaço de um conjunto de cidadãs e cidadãos que ainda sonha e tem a ambição de mudar a sua terra; que antes de serem portugueses, antes de terem partido, são marcoenses em primeiro lugar. De uma terra onde têem as suas raízes, a sua história e a sua vida. E tudo isso é no Marco de Canaveses, onde há engrenagens que é preciso desmontar.
Artur Melo
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