sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Desespero

O PSD, tal como há 4 anos, idealizou a campanha baseado no plebiscito entre o actual presidente e o anterior. Neste cenário não existe grande manobra para discutir projectos para o mandato, pois que nos lembremos o anterior presidente da Câmara nunca teve grande propensão para discutir o que quer que fosse. Por isso, seria tudo mais fácil seguindo esta via: aniquilava o PS e apelaria ao voto útil.
Porém, as coisas não têm corrido bem para os sociais-democratas. Uma pré-campanha frouxa, sem uma única ideia até agora conhecida, mas muitas, muitas inaugurações; muito uso de dinheiro público, muita expectativa criada para fazer obra... no próximo mandato, e um PS em crescendo com muita gente a aderir à sua mensagem.
Mas, se há coisa que o PSD não perdoa, é a coragem que o PS teve e tem. O PS nunca fez coligações com o CDS, o PS sempre denunciou aquilo que no seu entender feria a Democracia e a Liberdade, o PS sempre respeitou a legalidade.
Acusar, agora, o seu candidato de querer ser dono do Marco pela coragem que teve em fazer aquilo que o PSD não teve a coragem de fazer, é um mero acto de desrespeito intelectual que fica com quem o pratica e que mostra o total desespero do PSD.
Compreende-se que o candidato do PSD não se lembre, mas outros da sua candidatura certamente se lembrarão que Artur Melo em 1997 gritou bem alto: O Marco não tem patrão.

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