Declaração final

Como candidato do PS às eleições do passado dia 11 cabe-me encerrar este capítulo no sítio que me é devido. Foi um tempo fantástico de entusiasmo no qual introduzimos uma nova forma de fazer política na nossa terra: ouvir as pessoas, isso que é tão simples e que outros se esqueceram, interiorizar os seus problemas e propor soluções concretas.

Porém, o Povo escolheu o seu caminho e pelos resultados obtidos assumo a total responsabilidade. Apesar de haver a tentação de comparar os resultados de agora com os anteriores, convém relembrar que nunca o PS lutou contra 3 candidatos que já tinham exercido o cargo de presidente da Câmara e mesmo assim aguentamo-nos. Perdemos votos e mandatos, é certo, mas o partido continua na Vereação e em Assembleias de Freguesia onde é parte integrante das futuras maiorias. O que mais se releva é que mesmo perdendo o PS tem hoje credibilidade e as pessoas sabem que podem confiar nos seus eleitos e que estes estarão nos seus cargos para as servirem.

No domingo passado, mais do que escolher um presidente e uma vereação, os marcoenses escolheram quem não queriam de volta aos destinos da Câmara Municipal. Foi uma decisão que quase retirava o PS do mapa político concelhio, não fosse o extraordinário trabalho da imensa mole de pessoas que constituiram a candidatura. Combatemos, muitas vezes, virados para os adversários e para quem estava atrás de nós. A ingratidão e a révanche de alguns a isso levaram.

Agora haverá que olhar para o futuro. Assumirei o cargo de Vereador eleito pelo PS e aí lutarei pelo nosso projecto para o Marco. Não estarei disponível para lutas estéreis e intestinas que nos possam desgastar e levar para caminhos que só interessarão aos nossos adversários. O que fica deste combate é que o mais importante é o Marco e é por ele que trabalhamos.

Somos Marcoenses, como vós.

Artur Melo