“O que posso fazer por si” evidencia uma preocupação essencial de quem sabe que um sistema complexo (como a sociedade, a teoria dos gases ou a física das partículas) só pode ser apreendido através de uma observação cuidadosa do seu estado e do seu movimento. Só ouvindo e medindo as necessidades sentidas pelas pessoas em manifestação livre e meditada se pode ter a dimensão das suas carências e ambições mais sentidas. Os políticos devem entender de forma adequada o sentido de Emerson (1860) quando afirma que:
“A natureza tem a sua própria forma natural de fazer cada coisa e, em qualquer sítio, disse-o para que todos pudessem perceber. Basta manter os ouvidos e os olhos abertos”
Tal não se aplica apenas à física e à cosmologia, mas a qualquer sistema complexo. Bem-haja o PS pelo seu candidato e este por si mesmo na sua forma de estar na política. Com ele, sentimos que o Marco recebeu uma luz nova que não se apagará, nem para os mais cegos e os que não querem ver que os políticos não valem pela quantidade de obras materiais que deixaram mas, antes de tudo, e também através destas, pelos benefícios sociais que conferem à vida melhor qualidade e segurança no futuro, um ambiente que confira à sociedade e a cada um dos cidadãos, o direito e o acesso à vida e à alegria de viver.
Quando Kant afirma que
“os homens individuais, e mesmo nações inteiras, pouco pensam enquanto perseguem seus propósitos (…) que avançam inconscientemente sob um propósito da natureza que lhes é desconhecido”-
quero entender que a natureza cumprirá os seus propósitos apesar do mal de alguns, mas também que os homens e as nações têm o dever de pensar e de cumprir os propósitos da natureza: antes de mais, a vida e sua preservação; o que nos conduz aos problemas de segurança, ecológicos, de cuidados de saúde e qualidade de vida,…; em última análise, à conquista do espaço, por mais estranho que possa parecer... (Não cabe a mim, chamar a história autárquica para uma análise crítica mas deixo este prisma para quem tiver curiosidade de espreitar por ele e separar … o trigo do joio.)
Quanto a mim, como cidadão, aponto como necessidades urgentes, por ordem de prioridade:
1.º- Água e o saneamento básico;
2.º- Segurança nas ruas:
• Construção de rotundas na Corredoura e no Cruzeiro,
• ordenação de trânsito (especialmente, para carros pesados) e eventual criação de percursos alternativos, se for caso disso,
• correcção de pequenos traçados de ruas que se revelem urgentes;
3.º- Ordenação do espaço:
• elaboração de um projecto global para o terreno da Junta, entre o cemitério e o cruzeiro, que enquadre zonas culturais, de lazer, de assistência primária na doença e na velhice e a casa mortuária: um “passeio das virtudes” entre o cruzeiro da vida e o descanso eterno. A elaboração do projecto deveria ser imediata, embora não se estabeleçam prazos para a sua construção; a Junta desviará para esse projecto as verbas disponíveis, na sua prioridade própria;
• Criação de uma avenida paralela ao cemitério, com zonas de estacionamento bilaterais e uma rotunda final e que tenha em consideração a presença de obras em curso nesse espaço, delimitando o restante terreno da Junta.
Joaquim Moreira
PS: Joaquim Moreira é prof. universitário, aposentado, e candidato à Junta de Freguesia de Santo Isidoro pelo PS.
1 comentário:
É extraordinária a forma como o Dr. Joaquim Moreira nos mostra como é importante ouvir as pessoas, pois aquilo que elas têm para dizer não é mais do que as reais necessidades e ambições da população, e só conhecendo o que realmente faz falta, é que se pode traçar um projecto e um caminho, capaz de fazer cumprir o que é preciso!
De facto temos de louvar esta iniciativa, e felicito pessoalmente o Artur Melo pelas ideias que tem apresentado, pela proximidade que tem mantido junto dos marcoenses, porcurando desta forma conhecer a mais pura realidade do concelho e das suas gentes. Este é o caminho, e tal como nos diz o Dr. Joaquim, os marcoenses começam a sentir que uma nova realidade é possivel, basta querer!
E para finalizar eis uma resposta que resume, de uma forma bastante clara, as necessidades básicas a que uma população tem direito e que, ainda hoje, em pleno século XXI, nos faz falta! Realçou de uma forma brilhante a ideia de que aquilo que agora pedimos não é mais do que aquilo que desde sempre foi reconhecido como fundamental, como essencial, como primário.
Que todo este trabalho traga os seus frutos num futuro bem proximo...
Enviar um comentário